quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Estamos perto de acordar do pesadelo

 Eu fico sinceramente intrigado com a grande quantidade de pessoas normais, pessoas sérias, trabalhadores principalmente de média e baixa renda que vão ao supermercado hoje em dia calculando o valor de suas compras para poder levar o alimento para suas casas, que colocam cinquenta reais de gasolina no posto e ainda hoje se alinham a este governo e principalmente a pessoa de Jair Bolsonaro. Por mais que me esforce para estudar os “porquês” deste “fenômeno negativo” denominado “bolsonarismo” na vida dessas pessoas em pleno 2022 mesmo depois de toda esta tragédia que foi este governo que comparo a um pesadelo, daqueles que demoram a terminar e nos deixam atônitos e apavorados até o momento que acordamos. Eu sinceramente não consigo entender como mais de 30% da sociedade ainda está "fechada com ele", como eles gostam de dizer, minha cabeça de alguma forma “trava” por tamanha contradição entre a vida cotidiana de luta dos brasileiros e a ilusão do mito salvador idealizado.


O velho Paulo Freire já dizia que: “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor” e hoje nós estamos testemunhando claramente estas palavras acontecendo, se materializando neste momento histórico em que nosso país está sendo (des)governado por extremistas aliados a fundamentalistas religiosos sob a liderança de uma pessoa perversa que inflama a sociedade e está diuturnamente tirando a credibilidade das instituições e da democracia brasileira.
É evidente que onde este cidadão vá, ele consegue despertar o pior que existe em seus seguidores, me impressiona muito que pessoas de diferentes localidades do país e brasileiros que estão espalhados pelo mundo reproduzam o mesmo espetáculo grotesco quando são estimulados e inflamados por ele, observem agora mesmo nestes dias em Londres, durante o funeral da Rainha Elizabeth, o cidadão fez uma agitação num período de luto onde o respeito e a discrição devem ou deveriam ser o norteador da postura de um chefe de estado visitando um país enlutado.
A cada dia que caminhamos para o desfecho desta eleição, me deparo com mais incoerências de quem defende este tipo de ideologia sem uma mínima reflexão, pois ao mesmo tempo que dizem que o “petê” vai implantar o comunismo no Brasil, não sabem definir, nem de forma básica o que significa comunismo ou mesmo socialismo, confundem educação sexual com ideologia de gênero, colocam camisas da seleção brasileira e penduram bandeirolas do Brasil em seus carros, mas paradoxalmente, apoiam um governo neoliberal e privatista que tem uma equipe econômica que privilegia o capital estrangeiro em detrimento da soberania nacional, chamam a Rede Globo de lixo, mas ao invés de abrirem um livro, mudam o canal para a Record onde vão beber da desinformação, do negacionismo e do fundamentalismo religioso, nos chamam de burros, mas detestam e perseguem a cultura, a arte e os artistas de modo geral e por fim, falam “Deus, pátria e família” e curiosamente defendem o armamento da sociedade, tratam “Deus” como se fosse um ser vingativo para quem não comunga de suas crenças e muitas das vezes não respeitam seus filhos nem suas esposas quando fecham as portas de suas casas e estão longe das redes sociais da “vida perfeita” e dos púlpitos religiosos.
Tempos atribulados que vivemos, mas que que devemos ter paciência, perseverança ,inteligência e firmeza para passarmos por isso e chegarmos em um momento melhor, é preciso resgatarmos a justa medida e o bom senso das relações pessoais e institucionais, o bolsonarismo e a postura do indivíduo que está presidente da república autoriza e estimula a violência e a quebra das regras básicas da ética e do respeito, porém, por mais que seja difícil, não devemos entrar naquela energia, ao contrário de 2018, em que no dia da eleição assistimos a plantação do ódio nas urnas por maioria dos que foram votar, devemos agora em 2022 mostrarmos a “outra face” da nossa sociedade e plantarmos a semente da esperança e de dias melhores na urna eletrônica e colocar este indivíduo no seu devido lugar na história de um tempo obscuro que não queremos continuar, nossa missão agora é conversar com as pessoas, incentivá-los a sair de casa com serenidade e discrição para votar com esperança no dia 02 de Outubro, para juntos acordarmos deste pesadelo e voltarmos a vislumbrar um país mais justo e pacífico em que possamos realmente vivenciar um estado de bem estar social para todos.

Lula 13 Presidente